Pequenas Impressões Sobre um Tempo “Erótico”

Olá, tudo bem? Começo esse blog com o propósito de comentar, divulgar ou melhor entender Obras, Músicas, Filmes da cultura POP ou não tão POP mundiais. Um dos temas mais recorrentes em termos de pesquisa para mim, é a cantora Madonna. Meus amigos sabem o quanto sou admirador da cantora, pela sua contribuição musical, por clipes como “Bedtime Stories” , “Frozen” e outras Obras já produzidas por ela.

Se já perceberam, ela será o tema de abertura do Blog. Minha relação com Madonna é antiga: Minha mãe costumava ouvir durante sua juventude os maiores sucessos da cantora: True Blue, Like A Prayer, entre outros singles que eram executados com frequência aqui em casa, e por isso acredito que acabei gostando desde cedo, não só dela, mas de boa música. Por volta de 1990 a 1993, a televisão ainda era bastante obscura, dava um certo medo, também, eu era criança, só pode, mas uma figura feminina assustava não só a mim, como a todo o mundo: Dita, a célebre imagem/personificação Erotica da Madonna, assustou o mundo com sua metáfora a cerca da sexualidade e também, da Aids. O Boom relacionado aos homossexuais na época, criou um estigma muito intenso, e durante esse período, ninguém menos que Madonna enfrentou o mercado, seus princípios e as pessoas. Esse CD é apontado como um dos mais polêmicos da história da música, também pudera: a Hipocrisia mercadológica que foi tema central da perspectiva da cantora, foi derrubada com seu forte apelo sexual e também, pelo seu livro “Sex”, hoje esgotado e que possui alto valor de leilão. A obra “Erotica” é muito mal interpretada, pois Madonna não só questionou o valor “sexual” do indivíduo em  relações mais íntimas, como também resgatou a beleza que houve entre as décadas de 40 a 70 (principalmente) na pornografia. Ao contrário de afastar as pessoas do sexo com um possível sentimento de culpa, ela re-aproximou aqueles que gostariam de viver suas fantasias plenamente, sem deixar de lado, em momento algum, a forte sintonia entre sexo e amor, pornografia e amor: Parece estranho que as duas coisas estejam ligadas, mas ao interpretar Dita, Madonna mandou uma bela resposta ao machismo: “Que a “Mulher” (todo o caráter alvo do Machismo na época – Homossexuais, prostitutas, etc) ame a si, que seja dona do que sente, e que não dependa da permissão de outros para sentir prazer, ame, é isso. E eu não sou, o que se espera”. Com essa adaptação (que acabei de fazer) de vários trechos de suas músicas, fica claro que essa figura, de uma maneira ou de outra, estaria de fato eternizada.

Madonna Sex Book 1992 (6)

Com breves impressões sobre seu papel social, deixo esse post como base para os próximos que vão tratar não apenas de Madonna, ou só dessa sua fase. Por enquanto, é só isso. E entre as velharias que estão aí até hoje, essa é uma das que mais merece nosso valor.
Viva Madonna.